RECURSOS ADICIONAIS PARA QUEM QUISER SE APROFUNDAR

Deixo aqui alguns conteĆŗdos adicionais e sugestƵes de leitura, selecionados, que poderĆ£o ser Ćŗteis no aprofundamento das questƵes que levanto em meu Doutorado. Todos estes materiais se encontram na minha Bibliografia, porĆ©m, deixo aqui esta seleĆ§Ć£o a tĆ­tulo de indicaĆ§Ć£o, para quem tenha interesse.

SOBRE MEU TRABALHO:Ā 

Esta Ć© uma sĆ©rie, consistente em dois vĆ­deos, Parte I e Parte II, na qual eu apresento o estudo que realizei para minha TESE DOUTORAL: ā€œLUƍS OTƁVIO BURNIER, EL GRUPO LUME Y EL CANDOMBLƉ: SIETE AƑOS DE INVESTIGACIƓN (1988-1995)ā€, realizada na Universidade Rei Juan Carlos, Espanha (2015/2016) | Reconhecida no Brasil pela UNIRIO (2019).Ā 

Se trata de um ESTUDO DE CASO, pois, apesar dos anos de pesquisa, o estudo de LuĆ­s OtĆ”vio Burnier e Carlos Simioni, ambos fundadores e integrantes do LUME ā€“ NƚCLEO INTERDISCIPLINAR DE PESQUISAS TEATRAIS DA UNICAMP, realizado no CandomblĆ© da MĆ£e Dango durante esse perĆ­odo, nĆ£o foi concluĆ­do porque Burnier faleceu, de modo inesperado.Ā 

Meu trabalho consistiu em apresentar o caso, suas motivaƧƵes e influĆŖncias, bem como responder Ć s perguntas que o pesquisador Burnier formulou, em torno a questƵes metodolĆ³gicas, prĆ”ticas e Ć©ticas, em torno a essa pesquisa, que possui ecos na Antropologia Teatral, sobretudo na figura de Jerzy Grotowski, que desdobrou suas prĆ³prias pesquisas sobre os rituais haitianos e tem relaƧƵes interdisciplinares conectados com a fĆ­sica quĆ¢ntica e com a neurociĆŖncia.

Se trata de uma pesquisa realizada na Europa, em duas universidades espanholas, na Universidade de AlcalĆ” de Henares e na Universidade Rei Juan Carlos, com o tĆ­tulo reconhecido no Brasil pela UNIRIO. Minha abordagem Ć© interdisciplinar e ā€œdesde dentroā€, jĆ” que sou Egbomi (sacerdotisa/ MĆ£e de Santo) no CandomblĆ©, iniciada em 1990 ā€“ hoje com 34 anos de feitura.Ā 

Minha pesquisa comeƧou como uma pesquisa em Artes CĆŖnicas, em 1988, porĆ©m, sĆ³ ganhou corpo como pesquisa acadĆŖmica em 2001, quando sendo aluna doĀ Curso de Licenciatura Plena em EducaĆ§Ć£o ArtĆ­stica, no Instituto de Artes da UNESP/ SĆ£o Paulo, obtive uma Bolsa de IniciaĆ§Ć£o CientĆ­fica da FAPESP, que me permitiu, entre outras coisas, abrir esse tema com Carlos Simioni, em 2003. O enorme aprendizado desse perĆ­odo me conduziu ao Doutorado Direto,Ā  na Espanha, primeiro na Universidade de AlcalĆ” de Henares, com a aceitaĆ§Ć£o do Prof. Dr. Ɓngel Berenguer Castellary, que era o diretor do Programa de Doutorado ā€œTeorĆ­a, Historia y PrĆ”ctica del Teatroā€ e, logo, na Universidade Rei Juan Carlos, com a orientaĆ§Ć£o do Prof. Dr. Eduardo BlĆ”zquez Mateos e co-orientaĆ§Ć£o do Prof. Dr. Carlos Alba Peinado, onde concluĆ­ meu Doutorado em Artes CĆŖnicas, em 21 de janeiro de 2016, com a nota ā€œSOBRESALIENTE POR UNANIMIDADā€.Ā 

Vivo e trabalho em Madri, Espanha, desde 2007.

SOBRE OS VƍDEOS:Ā 

–Ā Ā Ā Ā Ā Ā  PARTE I:Ā 

Na primeira parte faƧo a apresentaĆ§Ć£o do Estudo de Caso, com a metodologia utilizada. Ā Apresento a pesquisa de LuĆ­s OtĆ”vio Burnier e de Carlos Simioni, realizada no CandomblĆ© da MĆ£e Dango de Hongolo (Eunice de Souza), no perĆ­odo compreendido entre 1988 e 1995; bem como, apresento os atores envolvido: LuĆ­s OtĆ”vio Burnier, Carlos Simioni e MĆ£e Dango (Eunice de Souza) e o LUME ā€“ NĆŗcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp, em seus primĆ³rdios.

Abordo a metodolia de trabalho adotada por Burnier e Simioni na pesquisa de campo, dentro do CandomblĆ©, e em sala de ensaio, levantando os principais questionamientos, dĆŗvidas e hipĆ³tesis de Burnier. AĀ  pesquisa, que nĆ£o foi concluĆ­da, mas deixou uma trajetoria de trabalho, e muitas perguntas que ainda hoje seguem vigentes. Meu trabalho consistiu em buscar respostas a essas questƵes, o que fui encontrar nos estudos interdisciplinares e na antropologia teatral, que desenvolvo na Parte 2, porĆ©m, aqui mostro o cenĆ”rio e o contexto dessa pesquisa, que permaneceu inĆ©dita por tantos anos.

Nessa primeira parte, faƧo uma MediaĆ§Ć£o HistĆ³rica do CandomblĆ©, utilizando a Teoria de Motivos e EstratĆ©gias de Berenguer. Utilizo as bases da Etnocenologia para realizar Ā um estudo minucioso dessa religiĆ£o tradicional brasileira, de origem africana, no que se refere a sua formaĆ§Ć£o e desenvolvimento no Brasil, ao longo desde o sĆ©culo 19, atĆ© os dias atuais, quando vivemos um proceso de reafricanizaĆ§Ć£o, caminhando de mĆ£os dadas com a Ɓfrica do sĆ©culo 21, que surge renovada em suas tradiƧƵes, mas moderna em suas propostas estĆ©ticas e culturais.Ā  Ā Ā 

 

 

–Ā Ā Ā Ā Ā Ā  PARTE II:

A segunda parte Ć© dedicada Ć  MediaĆ§Ć£o Psicossocial do CandomblĆ©, que aborda questƵes fundamentais, como a cosmogonia, o sistema de valores e aspectos profundos dos rituais, como os conceitos de ORI (CABEƇA), ARA (CORPO) e ORUM (UNIVERSO), indicando a integraĆ§Ć£o entre eles, bem como, questƵes como iniciaĆ§Ć£o e transe, nem sempre acessĆ­veis aos olhos dos nĆ£o-iniciados, mas de vital importĆ¢ncia para a compreensĆ£o profunda que todo trabalho de pesquisa requere. Dessa anĆ”lise, surgem correspondĆŖncias interdisciplinares com pesquisas considerados modernas ou em expansĆ£o, como a FĆ­sica QuĆ¢ntica, em conceitos como a termodinĆ¢mica e a teoria do caos, como as que colocam Bertrand Hell e Georges Balandier, por exemplo, que dialogam tambĆ©m com as CiĆŖncias Sociais e a NeurociĆŖncia Cognitiva, especialmente o que se conhece como Neuroteologia. E, em tudo isso estĆ” a influĆŖncia de Jerzy Grotowski e da Antropologia Teatral, com seus estudos sobre os rituais haitianos, e o vĆ­nculo com as mesmas ciĆŖncias: a FĆ­sica QuĆ¢ntica e a NeurociĆŖncia.

Na MediaĆ§Ć£o EstĆ©tica, analiso e listo elementos do Patrimonio Cultural Imaterial que identifico como Matrizes EstĆ©ticas, a partir das quais Ć© possĆ­vel o processo criativo pode ser desenvolvido, para tanto, mostro o trabalho de artista como Antoni Miralda, Augusto Omolu, Carlos Franco e, tambĆ©m o meu.

 

1)Ā Ā Ā  REFERƊNCIA E CITAƇƃO:Ā 

FIRMINO PEREIRA, Elizabeth (2015). ā€œLuĆ­s OtĆ”vio Burnier, el Grupo Lume y el CandomblĆ©: siete aƱos de investigaciĆ³n (1988-1995)ā€. Tesis doctoral en Artes EscĆ©nicas, leĆ­da el 21/01/2016, en la Universidad Rey Juan Carlos, Madrid, EspaƱa. Director de tesis: Dr. Eduardo BlĆ”zquez Mateos; codirector: Dr. Carlos Alba Peinado. TESE DOUTORAL/ Universidad Rey Juan Carlos, Espanha | Reconhecida no Brasil pela UNIRIO.Ā 

– Todos os autores mencionados figuram na Bibliografia e nas CitaƧƵes. As Entrevistas figuram nos ANEXOS; o material estĆ” disponĆ­vel na Internet e em formato fĆ­sico:Ā 

A) Ā Em formato digital, se encontra na Biblioteca Digital da Universidad Rey Juan Carlos, e pode ser consultada livremente, atravĆ©s do seguinte link: Tesis doctoral: ELIZABETH FIRMINO PEREIRA https://burjcdigital.urjc.es/handle/10115/13707

(*) Copyright: Elizabeth Firmino – ā€œTodos los Derechos Reservadosā€.

B) Em formato fƭsico: ACESSO ƀ TESE DOUTORAL COMPLETA

A tese original estĆ” disponĆ­vel, em formato fĆ­sico, na Biblioteca do LUME, em sua sede, em Campinas-SP, que conta com uma cĆ³pia cedida pela autora.Ā 

https://bethfirmino.com

contacto@bethfirmino.com

poetica.de.orixas@gmail.comĀ 

 

CONTEƚDOS ADICIONAIS:

VƍDEO: ConferĆŖncia de Leszek Kolankiewicz realizada em 24 de outubro de 2011, na Sala Valle InclĆ”n, RESAD ā€“ Real Escuela Superior de Arte DramĆ”tico, Madri, Espanha.

https://youtu.be/j2sxSgq_qdw?si=jNvkknAdnm_OSrijĀ 

VƍDEO: HELL, Bertrand (2013). La PosesiĆ³n y el chamanismo. Entrevista concedida a Paris Like.DuraĆ§Ć£o: 62 mins. (Consulta: 25/10/2024). https://www.parislike.com/FR/addicts-bertrand-hell-video.phpĀ 

 

SUJESTƕES BIBLIOGRƁFICAS:Ā 

BALANDIER, Georges (1994). El desorden. La teorĆ­a del caos y las ciencias sociales.Ā Elogio de la fecundidad del movimiento. Barcelona: Gelisa.Ā 

BASTIDE, Roger (1976). El sueƱo, el trance y la locura. Buenos Aires: Amorrortu.

BERENGUER, Ɓngel (2007). Motivos y Estrategias: introducciĆ³n a una teorĆ­a de los lenguajes escĆ©nicos contemporĆ”neos. Pp. 13-29. In: Teatro (Segunda Ɖpoca): Revista de EstĆŗdios EscĆ©nicos, no 21. Ɓngel Berenguer Castellary (ed,). Madrid y AlcalĆ” de Henares: Ateneo de Madrid y UAH.Ā 

BIƃO, Armindo e GREINER, Christine (Orgs) (1999). Etnocenologia, textos selecionados. SĆ£o Paulo: Annablume.Ā 

D’AQUILI, E.; NEWBERG, .A. (1999). The Mystical Mind: Probing the Biology ofĀ Religious Experiences. Minneapolis: Fortress Press.

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ELBIEN DOS SANTOS, Juana (1975). Os nĆ gĆ³ e a morte. PetrĆ³polis (Rio de Janeiro):Ā Vozes. 4a Ed.

FERNƁNDEZ MONTES, Matilde (2010). Sujetos como objeto de estĆŗdio. In.: OLMO, Margarita del [org.] (2010). Dilemas Ć©ticos en AntropologĆ­a. Las entretelas del trabajo de campo etnogrĆ”fico. Madrid: Trotta. Pp.: 303-314Ā 

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HEISENBERG ET AL. (2014). Cuestiones cuĆ”nticas: escritos mĆ­sticos de los fĆ­sicos mĆ”s famosos del mundo. EdiciĆ³n de Ken Wilber. Madrid: Kairos. 15a ed.Ā 

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______ (2011b) Le silence de lā€™anthropologie devant les secrets initiatiques.
In.: Les maĆ®tres du dĆ©sordre, CatĆ”logo de ExposiciĆ³n realizada en el MusĆ©e du Quai Branly, de 11/04 a 29/07/2012, (pp. 140-143). Paris: MusĆ©e du Quai Branly.Ā 

KOLANKIEWICZ, Leszek (2013). La culture vaudou haĆÆtienne dans lā€™anthropologie thĆ©Ć¢trale de Jerzy Grotowski. In: FRET, J. y MASTOWSKI, M. [orgs.] L’antropologie thĆ©Ć¢tral selon Jerzy Grotowski. Pp. 219-231. Paris: Edition de l’Amandier.Ā 

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OLMO, Margarita del [org.] (2010). Dilemas Ć©ticos en antropologia. Las entretelas delĀ trabajo de campo etnogrĆ”fico. Madrid: Trotta.Ā 

PARADISO, Sergio; SOFIA, Gabriele (2010). ā€œExpresiones de la cara, emociones y actividad cerebralā€. ContribuciĆ³n de las tecnologĆ­as fMRI al estudio del actor y del espectador. In: SOFIA, Gabrielle [org.]. DiĆ”logos entre teatro y neurociencias. Pp. 47- 62. Bilbao: Artezblai.Ā 

PAVIS, Pavis (1999). AnĆ”lise do espetĆ”culo intercultural. Pp. 147-156. In: BIƃO, Armindo e GREINER, Christine (Orgs) (1999). Etnocenologia, textos selecionados. SĆ£o Paulo: Annablume.Ā 

PRADIER, Jean-Marie (2010). Etnoescenologƭa, etologƭa y biologƭa molecular. In.: SOFIA, G. (org.). DiƔlogos entre teatro y neurociencia. (Pp. 61-81). Bilbao: Artezbrai.

______ (2013). Grotowski et la science. In: FRET, J. y MASTOWSKI, M. [orgs.] L’antropologie thĆ©Ć¢tral selon Jerzy Grotowski. Pp. 163-180. Paris: Edition de l’Amandier.Ā 

RUBIA, Francisco J. (2004). La conexiĆ³n divina. La experiencia mĆ­stica y la NeurobiologĆ­a.Ā Barcelona: CrĆ­tica. 2a ed.

SƀLƁMƍ, A. S. y RIBEIRO, R. I. (2011). Exu e a ordem do universo. SĆ£o Paulo: Oduduwa.Ā 

SCHECHNER, Richard; WYLAM, Lisa W. (eds.) (1997). The Grotowski Sourcebook. Londres, Nova York: Routledge; (Paperback, 2001). [2006, version digital, Kindler].

Antes que me esqueƧa…

 

Obrigada!

Beth Firmino